O ouro encerrou o pregão de segunda-feira, 2 de novembro, em queda de 0,11%, sendo negociado a US$ 2.746,20 por onça-troy na Comex. Apesar da baixa, o metal chegou a atingir uma máxima de US$ 2.757,50 durante o dia, refletindo a cautela dos investidores diante de dois eventos importantes que devem impactar o mercado: a eleição presidencial dos Estados Unidos e a decisão da política monetária do Federal Reserve (Fed).
Segundo a análise do ANZ Research, a incerteza em torno do resultado da eleição americana, com uma disputa acirrada entre Kamala Harris e Donald Trump, tem sustentado a demanda por ouro como ativo de refúgio seguro. Além disso, o esperado corte de 25 pontos-base nas taxas de juros pelo Fed pode tornar o metal mais atraente. No entanto, a possibilidade de uma pausa ou cortes superficiais nas taxas pode levar investidores a realizar lucros após a recente valorização do ouro.
O Citi destaca que, historicamente, o ouro apresenta retornos negativos em curto prazo após as eleições presidenciais dos EUA. Uma liquidação do metal pós-eleição é plausível, especialmente em cenários de vitória de Trump e uma possível onda vermelha que poderia resultar em cortes de impostos corporativos e fortalecimento de ações correlatas. Essas dinâmicas indicam que o mercado do ouro permanece sensível às mudanças políticas e econômicas nos Estados Unidos.