O preço do ouro encerrou a semana em queda, influenciado principalmente pela valorização acentuada do dólar e uma correção nos ganhos recentes do metal. Na sexta-feira, o contrato para dezembro fechou com uma redução de 0,41%, cotado a US$ 2.694,80 por onça-troy na Comex, divisão de metais da Nymex, depois de atingir uma máxima intradiária de US$ 2.717,90. No acumulado semanal, o ouro recuou 1,89%, impactado pela força do dólar após a vitória republicana nas eleições presidenciais americanas e pelo aumento nas taxas de juros dos Treasuries de curto prazo.
Apesar da queda, analistas do Saxo Bank apontam que os fundamentos para o investimento em metais preciosos seguem sólidos. O banco menciona fatores como o crescimento da dívida americana devido a um possível aumento de gastos públicos, as compras de reservas de ouro por bancos centrais e a preocupação com a inflação em um cenário de elevação de tarifas. Esses elementos são vistos como suporte para a valorização do metal no longo prazo, fortalecendo uma visão otimista em relação ao ouro.
Por sua vez, o Commerzbank considera que o ajuste no valor do ouro reflete uma correção após as altas registradas durante o período pré-eleitoral. O banco alemão destaca que, apesar da recente queda, o metal deve retomar seu valor em breve, impulsionado pela perspectiva de cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve e a persistente incerteza econômica.