A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) está orientando seus membros a elevar os investimentos em defesa para cerca de 3% do Produto Interno Bruto (PIB), com ênfase nas nações europeias que ainda não atingiram a meta mínima de 2%. A recomendação foi feita por Rob Bauer, chefe do Comitê Militar da Otan, que destacou que o aumento dos gastos se tornou ainda mais urgente após a invasão da Ucrânia pela Rússia. Esse conflito gerou mudanças substanciais na dinâmica da aliança, intensificando a necessidade de maior preparação militar.
Além disso, Bauer observou que, sob a administração de Donald Trump, a Otan precisará discutir de forma mais aprofundada a necessidade de ampliar os investimentos em defesa, dado que o ex-presidente dos Estados Unidos afirmou anteriormente que não garantiria proteção a países que não cumprissem a meta de 2%. Esse posicionamento reforça a pressão sobre os aliados para cumprirem as exigências orçamentárias, visando uma maior segurança coletiva diante de ameaças externas.
Em relação à Rússia, o chefe militar da Otan comentou que, embora as capacidades ofensivas de Moscou tenham se expandido desde a invasão da Ucrânia em 2022, as forças russas estão, ao mesmo tempo, menos preparadas. Isso oferece uma janela de tempo para que os membros da Otan possam se reorganizar e fortalecer suas defesas, visando um melhor posicionamento diante de possíveis confrontos futuros.