Mauricio Kubrusly, conhecido por suas reportagens marcantes no programa Me Leva Brasil, enfrenta os desafios da demência frontotemporal, diagnosticada em 2016. Aos 79 anos, ele lida com perdas progressivas de habilidades como leitura, escrita e fala, além de dificuldades para reconhecer pessoas e se situar no ambiente. Sua esposa, Beatriz Goulart, compartilha a experiência de adaptar o cotidiano às limitações da doença, descrevendo mudanças significativas, como a redução das caminhadas e o impacto da condição na dinâmica familiar.
Beatriz relembra as dificuldades enfrentadas no sistema de saúde, especialmente pela confusão inicial entre a doença de Kubrusly e o Alzheimer. A abordagem de médicos que o viam como uma figura pública em vez de um paciente também trouxe desafios. Nesse contexto, ela destaca o papel da racionalidade de seu marido, atribuindo à sua visão cética e ateísta uma força para lidar com a situação sem culpas externas, mas com consciência da universalidade da condição.
Por fim, Beatriz reflete sobre a dificuldade da sociedade em discutir temas como demência e morte, criticando o silêncio que frequentemente cerca essas questões. Inspirada em mensagens de conscientização de eventos passados, ela reforça a importância de um diálogo mais aberto e humano sobre condições como essa, que afetam não apenas os pacientes, mas também seus entes queridos.