A Procuradoria da Venezuela abriu uma nova investigação contra uma importante líder da oposição sob acusação de traição à pátria. A medida foi tomada após a oposição demonstrar apoio a sanções propostas pelos Estados Unidos, que restringem contratos com pessoas ou empresas associadas ao governo venezuelano não reconhecido por Washington. Essas sanções, contidas no projeto de lei Bolívar, foram classificadas pelo governo venezuelano como uma violação da Carta da ONU e um agravante às mais de 930 sanções já aplicadas ao país.
O projeto de lei Bolívar reflete a postura dos Estados Unidos em relação ao governo atual da Venezuela, considerado ilegítimo após eleições que Washington descreve como fraudulentas. Enquanto o Conselho Nacional Eleitoral anunciou a vitória de Nicolás Maduro com 52% dos votos, não foram divulgados detalhes sobre o processo de votação, gerando questionamentos internacionais e um cenário de instabilidade política no país. Líderes reconhecidos pela oposição, como Edmundo González Urrutia, enfrentam exílio e desafios em busca de apoio internacional.
O Ministério Público da Venezuela justificou a abertura da investigação citando declarações da oposição que, segundo o órgão, configuram conspiração com nações estrangeiras e associação para delinquir. O caso intensifica o embate entre o governo e seus críticos, em um contexto de tensões crescentes sobre a legitimidade do regime e suas relações com outros países.