A alta do dólar, que atingiu R$ 6,00 nesta quinta-feira (28), gerou reações polarizadas entre opositores e governistas. Políticos da oposição, como Flávio Bolsonaro (PL-RJ), criticaram as medidas anunciadas pelo governo Lula, especialmente a isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil. Segundo os opositores, essas ações são populistas e não resolveriam os problemas econômicos do país. A alta do dólar é vista como uma consequência negativa do pacote fiscal anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com o mercado reagindo de forma desfavorável às propostas.
Por outro lado, os aliados do governo destacaram os benefícios das medidas, como a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, que foram prometidas durante a campanha presidencial. Deputados governistas, como Bohn Gass (PT-RS) e Rogério Correia (PT-MG), defenderam o pacote como uma forma de equilíbrio fiscal e enfatizaram o cumprimento de promessas de campanha, como a isenção do IR. Para o governo, o conjunto de ações vai gerar uma economia de R$ 70 bilhões, o que ajudaria a manter a sustentabilidade fiscal do país nos próximos anos.
O aumento do dólar, que chegou a R$ 6,00, foi interpretado por muitos como um reflexo das incertezas geradas pelas novas medidas fiscais. O mercado financeiro, que já estava preocupado com a situação das contas públicas, reagiu negativamente ao anúncio de ajustes, especialmente em áreas como as pensões militares e os super salários. Para o governo, porém, a prioridade é garantir a estabilidade econômica e fiscal a longo prazo, apesar das críticas e das dificuldades atuais enfrentadas pela economia brasileira.