O setor de proteínas brasileiro registrou quedas significativas nas ações de diversas companhias, após uma sequência de baixas de aproximadamente 4% em dólar nas ações das empresas do setor. O Goldman Sachs, contudo, orientou investidores a aproveitar o momento para aumentar a exposição em JBS (JBSS3) e Marfrig (MRFG3), reiterando recomendações de compra para ambas. Entre os motivos para o movimento de baixa, o banco aponta para margens brutas mais fracas reportadas pela Minerva no terceiro trimestre de 2024 e o aumento dos preços do gado no Brasil, que impacta diretamente os custos de produção das empresas de proteína animal.
Além disso, o Goldman Sachs destaca que fatores externos, como a robusta demanda por frango e uma oferta estável, têm beneficiado empresas como Pilgrim’s Pride Corporation (subsidiária da JBS focada em frango), Seara (da Marfrig) e BRF. Com o encarecimento da carne bovina no mercado brasileiro, o banco vê um cenário promissor para o frango, que, em outubro, apresentou spreads domésticos mais favoráveis, indicando um possível início positivo para 2025.
Para JBS e Marfrig, o Goldman estipulou metas de preços-alvo de R$ 42,9 e R$ 18,1, respectivamente, com base em avaliações de soma das partes. Contudo, o banco adverte para riscos como volatilidade cambial, desacelerações cíclicas no mercado dos EUA e potencial queda na demanda global por proteínas. O banco está levemente otimista quanto ao Ebitda do terceiro trimestre da JBS, acima do consenso de mercado, e reafirma as recomendações de compra, enquanto se aguarda a divulgação dos resultados trimestrais em breve.