A Operação Contragolpe, deflagrada nesta terça-feira, revelou um esquema de planejamento de um golpe de Estado e atentados contra lideranças políticas e integrantes do Poder Judiciário. Durante as investigações, descobriu-se que os envolvidos utilizavam codinomes para se referir aos alvos e entre si, visando dificultar a identificação e detalhar os planos por meio de aplicativos de mensagem. Autoridades como o presidente, o vice-presidente e um ministro do STF foram mencionados com nomes de fantasia. Além disso, os investigados se autodenominavam com nomes de países que participaram da Copa do Mundo de 2022.
Entre os detalhes do plano, estava previsto o assassinato de lideranças políticas e do Judiciário em dezembro de 2022, pouco após a diplomação do atual presidente. A Polícia Federal prendeu cinco suspeitos e emitiu diversas medidas restritivas, incluindo busca e apreensão, restrição de comunicação entre os envolvidos e entrega de passaportes. As operações ocorreram com apoio do Exército Brasileiro em diferentes estados e no Distrito Federal, como parte de uma ação coordenada para desmantelar o esquema antes de sua execução.
Os detidos incluem militares especializados em operações de alta complexidade e um policial federal, todos envolvidos no planejamento de ações que atentariam contra o Estado Democrático de Direito. As investigações destacam a atuação sigilosa dos suspeitos e a necessidade de articulação entre diferentes órgãos para garantir o cumprimento das medidas legais e a preservação da ordem democrática.