A Polícia Civil de Goiás concluiu a segunda fase da Operação Paenitere, investigando um esquema criminoso que aplicava o “golpe do novo número”. Esse golpe, inicialmente descoberto após uma fraude cometida contra a mãe de uma modelo em Santa Catarina, consistia em criminosos que se passavam por parentes das vítimas, solicitando transferências bancárias e empréstimos. Com a operação em andamento, já foram presas 50 pessoas, incluindo o suposto operador do esquema, um ex-detento do sistema prisional goiano, identificado após a análise de celulares e dados financeiros.
As investigações apontam que o esquema funcionava a partir de Goiás e possuía uma rede de envolvidos, que emprestavam suas contas bancárias para facilitar a lavagem do dinheiro obtido com as fraudes. Os suspeitos, que em muitos casos eram parentes ou casais, formaram uma associação criminosa que se ampliou ao longo do tempo, prejudicando vítimas em diversas regiões do Brasil. As transferências eram feitas para contas de várias pessoas da Região Metropolitana de Goiânia, e o prejuízo estimado às vítimas chega a R$ 7 milhões.
Como medida cautelar, a Polícia Civil solicitou o sequestro de bens do grupo no valor estimado do prejuízo. A operação também levou à prisão de indivíduos em outros estados, como Rio de Janeiro e Mato Grosso, demonstrando a abrangência do esquema. Esse caso, considerado uma das maiores operações do ano pela Polícia Civil de Goiás, destaca a complexidade das fraudes digitais e a importância de investigações rigorosas para combater o crime organizado no país.