Uma operação da Polícia Federal investiga uma facção criminosa em Mato Grosso, acusada de promover shows nacionais e lavar dinheiro em casas noturnas na capital, Cuiabá. Entre os investigados está um vereador, que foi denunciado pelo Ministério Público por envolvimento em organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção. Embora tenha sido preso durante a operação, ele foi solto após cinco dias, sujeito a medidas cautelares, incluindo o afastamento de sua função pública e o uso de tornozeleira eletrônica.
As investigações revelaram que agentes públicos colaboravam na concessão de licenças e alvarás para os eventos promovidos pela facção, que movimentou mais de R$ 79,1 milhões entre 2018 e 2022. Durante a operação, realizada em junho, mais de 40 mandados de prisão e busca foram cumpridos, resultando na identificação de uma rede que controlava a gestão das casas noturnas e realizava shows com artistas de renome nacional, financiados pela organização criminosa.
A primeira fase da Operação Ragnatela destacou o envolvimento de múltiplas pessoas, incluindo agentes públicos e promoters, no esquema ilícito. Em julho, 14 indivíduos foram formalmente acusados, mas o vereador não foi incluído nas denúncias iniciais. A situação continua a ser acompanhada pelo Ministério Público e pelas autoridades locais, que buscam desmantelar as operações da facção criminosa em questão.