O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), em colaboração com a Polícia Civil e a Secretaria Estadual de Fazenda, deflagrou a Operação Caça Fantasmas, com foco em desmantelar uma organização criminosa especializada em crimes financeiros e tributários em Unaí, no noroeste do estado. Foram emitidos dez mandados de prisão preventiva e 34 de busca e apreensão, além de 88 ordens de bloqueio de atividades econômicas e contas bancárias. A ação é coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que lidera a investigação.
As apurações revelaram um esquema que envolvia a emissão de aproximadamente R$ 5 bilhões em notas fiscais falsas, causando um prejuízo estimado de R$ 600 milhões aos cofres públicos. Os criminosos criaram 268 empresas fictícias em diversos estados, utilizando dados de pessoas vulneráveis como “laranjas”. Entre os envolvidos no esquema estavam corretores de grãos, contadores e agentes de certificação digital, que recrutavam essas pessoas para facilitar as operações ilegais.
Os recursos obtidos com as fraudes eram ocultados por meio de investimentos em setores variados, como construção civil, mercado imobiliário e comércio. A operação busca não apenas punir os responsáveis, mas também desarticular a estrutura do grupo criminoso e recuperar os valores desviados. As investigações continuam, com a expectativa de novas ações para combater esse tipo de crime.