Na manhã desta terça-feira (19), a Polícia Federal (PF) deu sequência a uma operação que investiga tentativas de golpe de Estado no Brasil. O foco da investigação é um militar da reserva que, segundo a PF, teria prestado apoio material, financeiro e orientações a manifestantes contrários ao governo em Brasília, especialmente em frente ao Quartel-General do Exército. O general da reserva estaria diretamente envolvido na articulação com grupos que planejaram atos de desobediência, incluindo a invasão das sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023.
De acordo com as autoridades, o militar mantinha contato frequente com líderes do movimento golpista, inclusive com aqueles que estavam acampados nas imediações do Exército em Brasília. A PF identificou comunicações em que ele orientava como proceder em manifestações e também fornecia suporte logístico e financeiro aos acampados. As investigações apontam que esse envolvimento inclui até mesmo instruções para ações específicas, como os protestos em 12 de dezembro de 2022, que resultaram em depredações na capital federal.
A operação da PF também prendeu outros indivíduos envolvidos no caso, incluindo militares ativos e da reserva, bem como um policial federal. As investigações continuam, com o objetivo de esclarecer a extensão do apoio oferecido a movimentos radicais e os possíveis planos para impedir a posse de autoridades eleitas. O caso destaca as tensões políticas no Brasil e os esforços para evitar novos episódios de violência e desestabilização institucional.