Autoridades de mais de 60 países realizaram uma grande operação no Pacífico, que resultou na apreensão de 225 toneladas de cocaína. A operação, com duração de 45 dias, envolveu a colaboração de agências de segurança de diversas nações, incluindo Estados Unidos, Brasil, Espanha e Holanda. O objetivo principal foi desmantelar novas táticas utilizadas por organizações criminosas para transportar a droga até a Austrália, utilizando embarcações de alta tecnologia, como semissubmersíveis, para a travessia sem necessidade de reabastecimento. Durante a operação, foram apreendidas 1.400 toneladas de substâncias ilícitas.
A operação, nomeada Orion, revelou uma nova rota de tráfico de drogas entre a Colômbia e a Austrália, com valores da cocaína no mercado australiano que podem atingir até US$ 240 mil por quilo. As investigações indicam que a produção de cocaína na Colômbia aumentou em 53% em 2023, totalizando 2.600 toneladas anuais, conforme dados da ONU. Além disso, a operação evidenciou a formação de alianças entre grupos criminosos de diferentes regiões, como México, Brasil, Colômbia, Equador e Peru, ampliando a complexidade e o alcance do tráfico de drogas internacional.
Ao todo, mais de 400 pessoas foram detidas durante a operação, com o apoio do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime. A ação reflete uma mudança no panorama global do tráfico de drogas, sinalizando uma reestruturação nos métodos e rotas utilizadas pelas organizações criminosas para distribuir cocaína. A operação é um reflexo das crescentes tentativas de combater o tráfico de drogas e as novas formas de transporte ilícito, que continuam a desafiar os esforços das autoridades internacionais.
