A Operação El Patrón, conduzida pela Polícia Civil de Minas Gerais, resultou na prisão de 27 pessoas envolvidas em um esquema de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro que operava em várias cidades do Sul de Minas e no estado de São Paulo. A investigação revelou que os criminosos usavam aplicativos de mensagem para realizar vendas de entorpecentes, oferecendo um “cardápio” digital de drogas e utilizando pagamentos via Pix. Além disso, as drogas eram enviadas em embalagens estilizadas para imitar produtos populares, como batatas chips, com o objetivo de disfarçar o conteúdo ilícito.
Durante a operação, que mobilizou 204 policiais e 50 viaturas, foram apreendidos diversos tipos de entorpecentes, incluindo haxixe e THC em ampolas, além de R$ 27 mil em dinheiro e oito veículos. Uma estufa para cultivo de maconha foi encontrada em Poços de Caldas. A polícia também desmantelou um esquema de lavagem de dinheiro, que movimentou mais de R$ 2 milhões em seis meses, com transações bancárias suspeitas e a identificação de laranjas responsáveis pela ocultação de recursos ilícitos.
O líder da organização, que já havia sido investigado em outra operação em 2019, foi preso em um condomínio de luxo em São Paulo. A investigação também revelou o uso de sorteios promocionais em datas comemorativas para atrair clientes e ampliar as vendas, uma prática que foi identificada como um reflexo do crescimento desse modelo de tráfico durante a pandemia. As prisões e apreensões são um marco na luta contra o crime organizado na região.