Na manhã de terça-feira, 19 de novembro, aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro utilizaram as redes sociais para questionar a Operação Contragolpe da Polícia Federal (PF), que prendeu cinco suspeitos de envolvimento em um plano de atentados. O objetivo da operação é investigar uma trama golpista que incluía o assassinato de autoridades como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu vice, Geraldo Alckmin, e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Segundo as investigações, o plano estava previsto para ser executado em 15 de dezembro de 2022, envolvendo até mesmo o uso de recursos militares.
As reações nas redes sociais, principalmente entre parlamentares aliados de Bolsonaro, alegam que a operação tem sido usada como uma “cortina de fumaça” para associar o ex-presidente ao movimento golpista. Diversos políticos da base bolsonarista criticaram a ação, argumentando que a narrativa sobre o golpe e as investigações contra Bolsonaro são manipuladas para prejudicar a direita. Além disso, o debate se expandiu para temas econômicos e políticos, como o desempenho do Brasil no G20 e a possibilidade de um retorno de Bolsonaro à presidência em 2026.
A Operação Contragolpe visa desarticular uma rede criminosa responsável pela organização do atentado e investiga crimes como a abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa. As prisões foram realizadas em diferentes estados, incluindo Rio de Janeiro, Goiás e Amazonas, e contaram com a participação do Exército devido ao envolvimento de militares no plano. A investigação revelou um detalhado planejamento que incluía o uso de técnicas militares e a criação de um gabinete para gerenciar possíveis crises políticas decorrentes do golpe.