O preço do petróleo fechou em alta de quase 3% nesta segunda-feira, refletindo a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) de adiar aumentos de produção até, pelo menos, o início de 2025. A medida, que estende cortes de produção voluntários de 2,2 milhões de barris diários até dezembro de 2024, busca sustentar os preços da commodity em meio a um cenário de demanda global otimista, segundo declarações do secretário-geral da organização.
Para analistas, como Kieran Tompkins da Capital Economics, essa decisão poderá ter um impacto limitado no fornecimento de petróleo a partir de 2025. No entanto, a Opep+ enfrenta desafios para equilibrar a manutenção de preços elevados e a recuperação da participação de mercado, cedida a outros países devido aos cortes. A organização pode precisar de uma nova estratégia a longo prazo, evitando o risco de ceder mais espaço a produtores externos.
O cenário geopolítico também influenciou os mercados. Notícias sobre uma possível resposta estratégica do Irã aos ataques israelenses, com o uso de armamentos mais potentes, despertaram atenção dos investidores e contribuíram para a incerteza nos preços do petróleo. A combinação desses fatores aponta para a continuidade de um mercado instável, com chances de novos ajustes de política pela Opep+ nos próximos meses.