O Escritório de Direitos Humanos da ONU relatou que cerca de 70% das vítimas fatais verificadas no conflito em Gaza são mulheres e crianças, indicando possíveis violações sistemáticas dos princípios do direito humanitário internacional. Desde o início do conflito, as forças israelenses enfrentam militantes do Hamas, e a ONU registrou um total de 8.119 mortes verificadas por meio de três fontes independentes, contrastando com os números mais altos divulgados pelas autoridades palestinas. Esse levantamento da ONU, que detalha a idade e o gênero das vítimas, reforça as alegações de que uma proporção significativa das mortes inclui civis vulneráveis.
A ONU apontou que essa situação poderia representar violações dos princípios de distinção e proporcionalidade, fundamentos do direito humanitário, o que motivou um chamado por processos judiciais confiáveis e imparciais para avaliar as alegações de crimes de guerra. Volker Turk, alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, enfatizou a importância de coletar e preservar provas para garantir uma investigação futura abrangente e justa. A declaração da ONU ressalta a gravidade das alegações e a necessidade de medidas legais adequadas enquanto o conflito prossegue.
Embora as Forças Armadas israelenses afirmem tomar precauções para evitar baixas civis, justificando a proporção de mortes entre civis e combatentes como um reflexo das práticas do Hamas, o grupo palestino nega o uso de civis e infraestrutura como escudos humanos. O chefe da ONU para o Território Palestino Ocupado, Ajith Sunghay, mencionou que a contagem final da ONU poderá se aproximar dos números palestinos, mas destacou a necessidade de tempo para verificar todos os dados.