A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que, desde 2000, a vacinação contra o sarampo tem salvado cerca de cinco vidas por segundo, mas alertou sobre o aumento de casos da doença. Em 2023, o número global de infecções foi de 10,3 milhões, um aumento de 20% em relação ao ano anterior. A principal causa desse crescimento é a cobertura vacinal inadequada, com mais de 22 milhões de crianças não recebendo a primeira dose da vacina, que pode ser administrada gratuitamente em postos de saúde em diversos países, incluindo o Brasil. A OMS recomenda uma cobertura de pelo menos 95% das duas doses da vacina para evitar surtos.
Embora o Brasil tenha sido certificado novamente como livre do sarampo pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), após a eliminação da doença em 2016, o mundo ainda enfrenta desafios. O aumento de surtos de sarampo em 57 países, incluindo regiões da África, Europa e Sudeste Asiático, destaca a vulnerabilidade global da população à doença, que é altamente contagiosa. A vacina contra o sarampo, parte da tríplice viral, é a principal medida preventiva, mas o descompasso na vacinação segue sendo uma preocupação, principalmente em países com cobertura abaixo do ideal.
Em 2023, o sarampo causou a morte de aproximadamente 107,5 mil pessoas, a maioria crianças com menos de 5 anos. Apesar de uma queda de 8% em relação ao ano anterior, ainda é uma quantidade alarmante de vítimas de uma doença prevenível. Além das complicações fatais, como pneumonia e encefalite, o sarampo pode deixar sequelas permanentes, especialmente em crianças pequenas. Para a OMS, a vacinação continua sendo a estratégia mais eficaz para proteger a população e erradicar a doença.