Uma autoridade da Organização Mundial da Saúde (OMS) destacou a necessidade de intensificar a vigilância da gripe aviária H5N1 entre animais, com foco particular em aves selvagens e domésticas. A medida visa conter a propagação do vírus e prevenir que ele seja transmitido para outras espécies, incluindo os seres humanos. A epidemiologista Maria Van Kerkhove, da OMS, enfatizou que, embora o risco para a população geral ainda seja considerado baixo, a vigilância de possíveis focos de infecção precisa ser mais robusta em todo o mundo.
A OMS está trabalhando em conjunto com outras organizações internacionais, como a Organização Mundial de Saúde Animal e a Organização de Alimentos e Agricultura, para aumentar os esforços de monitoramento. O recente caso de gripe aviária H5N1 em um porco no estado do Oregon, nos Estados Unidos, reforçou as preocupações sobre a possibilidade de o vírus se espalhar para outras espécies animais, como suínos, que podem atuar como um ponto de troca genética entre vírus de aves e humanos, potencializando o risco de uma nova cepa mais transmissível.
Apesar do baixo número de casos humanos registrados este ano, com 55 notificações nos Estados Unidos, a OMS mantém um estado de prontidão, considerando a possibilidade de surtos futuros. A maioria dos casos humanos ocorreu entre trabalhadores rurais que tiveram contato direto com animais infectados, mas não houve evidência de transmissão entre pessoas. A situação exige uma vigilância constante, especialmente nas áreas de risco elevado, como fazendas e locais com grande concentração de aves e outros animais suscetíveis.