A Oi apresentou um lucro líquido de R$ 243 milhões no terceiro trimestre de 2024, revertendo o prejuízo de R$ 2,830 bilhões registrado no mesmo período de 2023. Esse resultado positivo foi favorecido pela valorização de 2% do real frente ao dólar, o que gerou uma receita financeira importante, além do impacto do ajuste a valor presente relacionado à repactuação de dívidas com a Anatel, acordo firmado em 2020. Os dados foram divulgados após o fechamento do mercado financeiro.
Apesar do lucro, o Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) foi negativo em R$ 335 milhões, contrastando com o valor positivo de R$ 382 milhões obtido um ano antes. O Ebitda de rotina, que exclui itens não recorrentes, também ficou negativo em R$ 375 milhões, 13,5% acima do registrado no mesmo trimestre de 2023. A empresa atribuiu essa queda ao declínio das receitas de serviços não essenciais, principalmente aqueles baseados em tecnologias obsoletas, como cobre e DTH.
A receita líquida consolidada caiu 14,4% em comparação anual, somando R$ 2,051 bilhões, impactada pela redução na demanda por serviços tradicionais e pela estratégia seletiva da Oi Soluções. A receita da divisão de conectividade e TI para empresas recuou 26,6%, enquanto a área de banda larga (Oi Fibra) cresceu 0,8%, chegando a R$ 1,125 bilhão. A companhia registrou também corte de 10,6% nos custos e despesas de rotina, resultado de uma reestruturação que incluiu redução de aproximadamente 2,5 mil colaboradores. Ao fim do terceiro trimestre, a dívida líquida da Oi estava em R$ 8,9 bilhões, 60,5% menor na comparação anual.