As obras literárias indicadas para o Vestibular 2025 da Unicamp, como Alice no País das Maravilhas, Olhos d’água e Niketche – uma História de Poligamia, trazem à tona temas relacionados à opressão e repressão, refletindo questões sociais, econômicas e culturais diversas. O professor Kauan Taiar Schiavon destaca que as narrativas apresentam contextos de opressão racial, de gênero e sexualidade, como nos textos de Conceição Evaristo e Paulina Chiziane, além de críticas à repressão patriarcal e social que se conectam a problemas atuais. Alice, por exemplo, é vista como uma figura questionadora que enfrenta opressões no universo simbólico do País das Maravilhas.
Além disso, as leituras propostas pela Unicamp estabelecem diálogos com a contemporaneidade. Temas como o individualismo, a preocupação com as aparências e o consumismo, abordados em obras como A Casa Velha, de Machado de Assis, e nos textos de Ailton Krenak e José Paulo Paes, incentivam os candidatos a refletirem sobre o impacto das redes sociais e os valores consumistas na sociedade atual. Essa análise crítica é essencial para o desempenho na segunda fase do vestibular, que exige dos candidatos a compreensão dos contextos e intenções das obras.
A segunda etapa do vestibular será aplicada em 1º e 2 de dezembro, com questões dissertativas e provas específicas de acordo com a área de conhecimento. Serão avaliados temas interdisciplinares e competências em matemática, ciências humanas, biológicas e exatas. Além disso, candidatos a cursos artísticos realizarão provas práticas entre 11 e 13 de dezembro. A primeira lista de aprovados será divulgada em 24 de janeiro, com matrícula online nos dias 27 e 28.