A construção da marginal direita do Rio Sorocaba, em Sorocaba (SP), que visa conectar a Alameda Batatais à Rua Padre Madureira, está sob investigação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e ainda não possui a licença necessária da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB). O projeto, que compreende aproximadamente 1,8 mil metros de via com pista para veículos, calçadas e ciclovia, é alvo de críticas por potencialmente afetar áreas de preservação permanente, especialmente em um contexto de frequentes inundações na região.
O promotor Jorge Marum destacou que a obra não deve avançar sem a devida licença ambiental, e que a prefeitura não é obrigada a aguardar o resultado da investigação, embora seja aconselhável fazê-lo para evitar ações judiciais que possam interromper os trabalhos. Apesar do contrato, firmado em junho deste ano, e dos recursos hídricos autorizados pelo Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE), a falta de licenças ambientais pode atrasar o início das obras, previsto para 2025.
Críticos da obra, incluindo especialistas em engenharia ambiental e planejamento urbano, argumentam que a construção é um retrocesso, sugerindo que o aumento do tráfego pode agravar os problemas de alagamento, além de comprometer as margens do rio, que deveriam ser preservadas. A prefeitura, por sua vez, defende que a nova via trará benefícios significativos para a segurança viária e a mobilidade na cidade, mas reconhece que as obras só poderão começar após a regularização das licenças necessárias.