Especialistas apontam que Wisconsin, Michigan e Pensilvânia serão cruciais para definir o próximo presidente dos Estados Unidos a partir de 2025, devido à estrutura do Colégio Eleitoral. Nesse sistema, cada estado contribui com um número de delegados proporcional à sua população, e o candidato vencedor em um estado leva todos os seus votos, exceto em Maine e Nebraska. Assim, os swing states, que não têm maioria garantida para democratas ou republicanos, concentram as atenções dos candidatos, tornando o resultado eleitoral nesses locais especialmente imprevisível.
Para 2024, pesquisas sugerem que sete estados estão com a situação indefinida: Nevada, Arizona, Geórgia, Carolina do Norte, Wisconsin, Michigan e Pensilvânia, totalizando 93 delegados. A região do antigo Cinturão do Aço enfrenta dificuldades econômicas, enquanto o Cinturão do Sol, com forte presença de eleitores latinos e negros, também representa um desafio estratégico. A capacidade de mobilizar esses grupos será fundamental, mas fatores como preconceito, mudanças demográficas e questões sociais podem impactar a decisão dos eleitores de forma complexa e inesperada.
Eventos como a resposta às manifestações por justiça racial em 2020 e atitudes controversas de líderes políticos podem influenciar a decisão de eleitores latinos e negros. A performance de Kamala Harris, por exemplo, não alcança os mesmos níveis de apoio que Joe Biden teve em 2020, levantando questões sobre o impacto do gênero, preconceito e a inclinação dos eleitores para a direita. Com transformações demográficas contínuas, estados que antes oscilavam podem eventualmente se tornar territórios seguros para um partido, enquanto outros continuam a definir o rumo do país.