Comer rapidamente é um hábito comum nas rotinas aceleradas da vida moderna, mas pode trazer sérios prejuízos à saúde, conforme discutido por especialistas da Universidade Nebrija. Uma das principais consequências é o excesso de gases, resultado da ingestão de ar em grandes quantidades, fenômeno chamado de aerofagia. Isso pode gerar desconfortos como inchaço abdominal e sensação de peso, especialmente quando o ar não é eliminado adequadamente. Além disso, a falta de mastigação adequada aumenta o esforço metabólico para a digestão, levando a problemas de indigestão e alimentos mal processados que chegam ao intestino delgado sem serem devidamente quebrados.
Outro aspecto preocupante é o impacto na percepção de saciedade. O eixo intestino-cérebro, responsável por regular a fome e a saciedade por meio de hormônios como a grelina e a leptina, funciona de forma mais lenta do que a ingestão acelerada de alimentos. Isso significa que ao comer depressa, o organismo não tem tempo suficiente para sentir que já está satisfeito, levando ao consumo exagerado de alimentos. A prática prolongada pode contribuir para o ganho de peso e dificuldades metabólicas ao longo do tempo.
Comer de forma apressada não só atrapalha a digestão e a sensação de saciedade, mas também está associado a consequências mais graves, como aumento de fatores de risco cardiovascular, níveis elevados de triglicerídeos e maior propensão a desenvolver síndrome metabólica. Estudos sugerem que a velocidade com que comemos está ligada a problemas como obesidade, especialmente em pessoas com diabetes. Portanto, desacelerar durante as refeições e prestar atenção aos sinais de saciedade pode ser um investimento significativo para a saúde, evitando futuras complicações.