Em 2024, o buraco na camada de ozônio na Antártida apresentou redução significativa, segundo dados da Nasa e da Noaa, tornando-se o sétimo menor desde o início da recuperação em 1992, impulsionada pelo Protocolo de Montreal de 1987. Com uma extensão média de 20 milhões de quilômetros quadrados, aproximadamente três vezes o tamanho dos Estados Unidos, o buraco atingiu seu pico em 28 de setembro, alcançando 22,4 milhões de quilômetros quadrados. Esse declínio é atribuído à diminuição dos clorofluorcarbonos (CFCs), produtos químicos nocivos que foram gradualmente eliminados nas últimas décadas.
Embora as medidas recentes indiquem uma melhoria gradual na camada de ozônio, a concentração de ozônio ainda está aquém dos níveis ideais observados antes da década de 1970. Em 5 de outubro de 2024, a concentração mínima registrada foi de 109 unidades Dobson, comparada às 225 unidades típicas de 1979. A recuperação, mesmo positiva, mostra que a camada de ozônio ainda enfrenta desafios significativos, especialmente em áreas com baixa concentração. Eventos de reposição de ozônio, transportado por correntes de ar do norte da Antártida, surpreenderam os cientistas, proporcionando um alívio temporário, mas ainda insuficiente.
A previsão é que a camada de ozônio se feche completamente até 2066, tanto nos polos sul quanto norte, regiões onde o frio intensifica as reações químicas que degradam o ozônio. A camada de ozônio, essencial para proteger a vida terrestre contra a radiação ultravioleta (UV), contribui para a prevenção de problemas de saúde como câncer de pele e catarata, além de proteger a agricultura e a biodiversidade dos ecossistemas marinhos e terrestres.