Imagens capturadas pela missão Solar Orbiter revelaram os registros de mais alta resolução já feitos da superfície do Sol, oferecendo aos cientistas novas oportunidades de explorar as características dinâmicas da estrela. As imagens, tiradas em março de 2023 e divulgadas em outubro de 2024, mostram detalhes das manchas solares e do plasma em movimento constante, permitindo uma análise mais aprofundada do campo magnético solar e da coroa extremamente quente. A missão, que é uma colaboração entre a Agência Espacial Europeia (ESA) e a NASA, utiliza instrumentos avançados, como o Extreme Ultraviolet Imager (EUI) e o Polarimetric and Helioseismic Imager (PHI), para captar dados a uma distância de 74 milhões de quilômetros do Sol.
A Solar Orbiter tem como objetivo investigar fenômenos solares cruciais, como a origem do vento solar e a razão pela qual a coroa solar é muito mais quente que a superfície do astro. Além da captura de imagens de alta definição da fotosfera, que apresenta manchas solares e suas variações, a missão também produziu magnetogramas que detalham a estrutura do campo magnético solar e tacogramas que analisam a velocidade do material na superfície solar. Esses dados são essenciais para entender a complexa interação entre os campos magnéticos e os fluxos de plasma que afetam o comportamento da estrela.
Com o Sol atingindo o máximo solar, um pico em sua atividade cíclica, missões como a Solar Orbiter e a Parker Solar Probe têm papel fundamental na compreensão do clima espacial, que pode afetar a Terra. As erupções solares e ejeções de massa coronal geram tempestades que impactam redes de energia, sistemas de navegação e satélites, além de gerar auroras. Em dezembro de 2024, a Parker Solar Probe realizará uma aproximação histórica ao Sol, permitindo estudos mais profundos sobre a origem do clima espacial.