Quando o Monte Vesúvio entrou em erupção em 79 d.C., ele destruiu diversas cidades romanas, incluindo Pompeia, ao mesmo tempo em que as preservava para a posteridade. A camada de cinzas que cobriu a cidade congelou os corpos das vítimas, permitindo que elementos como afrescos e estruturas fossem preservados ao longo dos séculos. Durante o século XIX, o arqueólogo Giuseppe Fiorelli desenvolveu um método para criar moldes de gesso dos corpos das vítimas, revelando detalhes trágicos da erupção.
Recentemente, novas pesquisas sobre o local revelaram descobertas surpreendentes a partir da análise do DNA de fragmentos ósseos encontrados nos moldes de gesso. A análise genética desafiou interpretações antigas sobre as vítimas, como a ideia de que um corpo de um adulto com uma criança montada no quadril seria de mãe e filho. Os testes mostraram que eles não eram parentes. Além disso, dois corpos abraçados, que antes se pensava serem de mulheres ou uma mãe e filha, foram identificados como dois jovens adultos, sendo um deles um homem.
Essas novas descobertas também ajudam a reconstituir a vida em Pompeia, revelando que a cidade tinha uma população cosmopolita e de origem diversa. As evidências reforçam a ideia de que, durante o Império Romano, Pompeia era um ponto de encontro de culturas, com uma sociedade mais plural do que se imaginava. As investigações continuam a revelar detalhes importantes sobre a tragédia e a vida cotidiana no período.