O número de casos de coqueluche no Brasil aumentou drasticamente em 2024, com uma elevação superior a 1.000% em relação ao ano anterior. Em meio a esse crescimento, uma pesquisa recentemente publicada sugere que uma nova vacina nasal pode ser eficaz no combate à transmissão da doença respiratória. A vacina combina antígenos tradicionais da coqueluche com uma substância chamada T-vant, que potencializa a resposta imunológica especificamente no trato respiratório.
Os testes iniciais realizados em camundongos mostraram resultados promissores, com os animais imunizados intranasalmente não apresentando sinais da bactéria nos pulmões ou na nasofaringe três semanas após a infecção. Em contraste, os camundongos que receberam a vacina tradicional via intramuscular apresentaram a presença da bactéria no trato respiratório superior. Esses resultados indicam que a nova vacina pode não apenas proteger o indivíduo, mas também impedir a transmissão da doença.
Além disso, o estudo destaca a importância de vacinas que vão além da proteção individual, visando à prevenção da propagação da doença dentro das comunidades. A pesquisa sugere que vacinas como essa poderiam desempenhar um papel crucial no controle da coqueluche, uma infecção respiratória causada pela bactéria Bordetella pertussis, que provoca sintomas como tosse intensa, febre e dificuldade respiratória. A nova abordagem pode representar um avanço significativo no combate à coqueluche, especialmente diante do aumento de casos no país.