A ministra do Meio Ambiente expressou preocupação com a demora na apresentação de uma proposta para a nova meta de financiamento climático durante a COP29, no Azerbaijão. O rascunho foi disponibilizado apenas no último dia da conferência, frustrando países em desenvolvimento, que consideraram insuficiente o valor sugerido de US$ 250 bilhões anuais, muito aquém do montante de US$ 1,3 trilhão solicitado anteriormente. O Brasil, liderado por sua ministra, apresentou uma contraproposta de US$ 300 bilhões anuais, buscando avançar nas negociações e atender melhor às demandas das nações mais vulneráveis.
Além de criticar a lentidão e a linguagem confusa do rascunho, a ministra defendeu que o financiamento climático proveniente de países desenvolvidos seja concedido como doação, não como empréstimo. Segundo ela, os empréstimos sobrecarregam ainda mais a dívida dos países em desenvolvimento. Outra preocupação levantada foi a pressão de nações ricas para que países emergentes, como Brasil e China, assumam obrigações como doadores, uma mudança que pode alterar de forma injusta a divisão de responsabilidades no combate às mudanças climáticas.
O financiamento climático foi colocado como um tema central na COP29, dada a urgência de ações eficazes diante dos desafios ambientais globais. O Brasil enfatizou a necessidade de uma abordagem equitativa na distribuição de recursos, defendendo um acordo que reflita as necessidades das nações em desenvolvimento. A conferência reafirmou a importância de compromissos concretos e justos para enfrentar a crise climática de maneira coletiva e solidária.