O exército israelense ordenou a desocupação de moradores do subúrbio de Shejaia, na Cidade de Gaza, após intensos lançamentos de foguetes por militantes palestinos da região. A medida gerou uma nova onda de deslocamentos, com famílias deixando suas casas em meio à noite, utilizando carroças e outros meios improvisados. Paralelamente, ataques aéreos israelenses atingiram áreas urbanas densamente povoadas, resultando em dezenas de mortes nas últimas 48 horas, agravando a crise humanitária no território.
Além dos deslocamentos forçados, as chuvas sazonais intensificaram os desafios enfrentados pelos habitantes de Gaza. Milhares de famílias que já viviam em tendas improvisadas tiveram suas moradias temporárias destruídas pelas enchentes, perdendo alimentos e proteção contra o frio. As autoridades locais alertaram para o risco de doenças, enquanto serviços de emergência palestinos solicitaram urgentemente novos abrigos e ajuda humanitária para os desabrigados.
Em meio à escalada do conflito, o diretor de um hospital em Gaza foi ferido em um ataque de drone, destacando os desafios enfrentados pelo setor de saúde na região. Israel justificou suas ações afirmando que militantes utilizam edifícios civis como cobertura, enquanto autoridades palestinas denunciaram uma estratégia de destruição indiscriminada. Desde o início da guerra, mais de 44 mil pessoas foram mortas, e quase toda a população de Gaza já foi deslocada ao menos uma vez, refletindo a dimensão da tragédia humanitária.