O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou uma recompensa de US$ 5 milhões e passagem segura para quem entregar um refém em Gaza, durante uma declaração feita em 19 de novembro. Netanyahu afirmou que a medida tem como objetivo garantir a libertação de todos os cativos, destacando que a escolha de como proceder seria de responsabilidade de cada pessoa, mas o retorno dos reféns seria inevitável. Ele também reforçou que qualquer ato de violência contra os reféns teria consequências severas.
O anúncio gerou controvérsias, incluindo críticas de que a oferta de dinheiro ao Hamas poderia agravar a situação e colocar mais vidas em risco. A mãe de um dos reféns detidos em Gaza, por exemplo, expressou indignação, acusando o governo de negociar com o grupo e considerando a iniciativa uma forma de corrupção que poderia comprometer a segurança dos cativos. Essa acusação remete a um acordo anterior entre Israel e o Qatar, que enviou grandes somas de dinheiro à Gaza para ajudar a evitar um colapso humanitário, mas também gerou críticas quanto ao seu impacto na política regional.
Desde o ataque de 7 de outubro de 2023, que resultou em mais de mil mortos e centenas de reféns israelenses, Israel tem se concentrado em operações para resgatar os cativos, muitos dos quais foram encontrados mortos durante as missões. A situação, ainda tensa, continua a mobilizar intensas discussões sobre as estratégias adotadas para lidar com o Hamas e as negociações de libertação, enquanto o governo israelense nega que esteja prolongando o conflito para fins políticos.