As negociações na COP29, realizada em Baku, no Azerbaijão, avançam para sua fase decisiva, com países enfrentando desafios sobre como financiar medidas climáticas nos países em desenvolvimento. A cúpula busca substituir o compromisso de 2020 de fornecer US$ 100 bilhões anuais, que foi entregue com atraso, por uma nova meta. Contudo, as diferenças entre nações desenvolvidas e em desenvolvimento sobre o valor e a estrutura do financiamento dificultam os acordos.
Os países em desenvolvimento, liderados pelo grupo G77 + China, pedem US$ 1,3 trilhão anuais em financiamento público climático, enquanto propostas informais de nações desenvolvidas, como a União Europeia, variam entre US$ 200 bilhões e US$ 300 bilhões, valores considerados insuficientes pelos negociadores do Sul Global. A falta de uma contraproposta clara e oficial aumenta a frustração nas negociações, com representantes de países desenvolvidos argumentando que detalhes estruturais do acordo devem ser definidos antes de qualquer cifra ser anunciada.
Com o prazo final se aproximando, as divisões persistem e alimentam o risco de um desfecho sem consenso. Apesar do impasse, líderes reiteram a importância de um acordo para evitar que a COP29 seja vista como um fracasso. O foco está na necessidade urgente de garantir financiamento climático justo e eficaz para enfrentar os desafios globais das mudanças climáticas.