Um estudo liderado pela Universidade de Umeå, na Suécia, alerta que as partículas de plástico, especialmente os nanoplásticos, não representam apenas uma ameaça ambiental, mas também um risco para a saúde humana. Essas partículas, que são menores do que um milésimo de milímetro, podem ser facilmente transportadas pelo ar e penetram facilmente no corpo humano. As fibras de náilon, um material comum no cotidiano, são destacadas como particularmente perigosas devido à sua capacidade de se ligar a antibióticos e alterar sua ação no organismo.
O estudo revelou que os nanoplásticos podem se associar à tetraciclina, um antibiótico amplamente utilizado no combate a infecções bacterianas, dificultando sua distribuição e eficácia no corpo. Esse efeito compromete o tratamento, o que pode levar à necessidade de doses mais altas de antibióticos. Esse aumento na dosagem, por sua vez, pode estimular mutações nas bactérias, favorecendo o surgimento de cepas mais resistentes e tornando o tratamento menos eficaz.
Embora mais pesquisas sejam necessárias para confirmar todos os mecanismos envolvidos, os resultados do estudo indicam que a presença de nanoplásticos no organismo pode ser um fator agravante para a saúde pública. Diante disso, os pesquisadores alertam para a importância de considerar esse risco como uma questão séria e urgente, já que a resistência aos antibióticos pode ter consequências graves para o tratamento de doenças e para o controle de infecções.