A Polícia Civil de Campinas (SP) investiga uma mulher que, no domingo (17), levou uma bebê de cerca de dez meses até a UPA São José, alegando tê-la encontrado em uma lata de lixo. A criança estava com febre, mas não apresentava sinais de maus-tratos. A mulher, que não apresentou documentos da bebê, afirmou que não havia procurado a polícia ou o Conselho Tutelar porque se afeiçoou à criança logo após encontrá-la. Diante disso, as autoridades foram acionadas e o caso foi registrado como subtração de incapaz pela 2ª Delegacia Seccional.
Segundo o boletim de ocorrência, a mulher teria mencionado a uma terceira pessoa que receberia a criança de outra mulher e, a partir desse momento, assumiria a maternidade. Essa versão foi confirmada pelos policiais militares que atenderam a ocorrência. A bebê passou por exames médicos na UPA e foi encaminhada para acolhimento institucional, enquanto a mulher prestou depoimento na delegacia e foi liberada. O Conselho Tutelar foi acionado e anunciou que o caso seria encaminhado ao Ministério Público para investigação mais aprofundada.
O Conselho Tutelar afirmou que, além da investigação policial, o caso será comunicado ao Ministério Público, que tomará as providências cabíveis, incluindo a possível remessa à Vara da Infância e Juventude. A situação levanta questões sobre a segurança e a legalidade da adoção informal, além de reforçar a necessidade de acompanhamento dos órgãos responsáveis pelo bem-estar infantil.