Em julho de 2023, uma mulher foi condenada pela Justiça do Acre por praticar homofobia contra um procurador do Ministério Público Federal (MPF), após um incidente no Mercado do Bosque, em Rio Branco. A acusada, embriagada, abordou o procurador e fez uma pergunta considerada homofóbica, chamando-o de “Barbie girl”. O procurador, que estava acompanhado do marido e amigos, não respondeu à provocação, mas foi alertado por seus amigos sobre a natureza ofensiva da pergunta, o que levou a um confronto verbal. Durante a discussão, a mulher filmou o grupo e fez ameaças, alegando que tinha amigos na polícia e que o grupo seria preso.
A defesa da acusada negou que a intenção fosse homofóbica, alegando que a mulher, embora tivesse feito uma pergunta imprópria, não pretendia ofender. A ré afirmou ainda que sempre teve convivência com pessoas LGBTQIA+, e que a pergunta foi uma tentativa inadequada de interagir, influenciada pelo estado de embriaguez. Contudo, as testemunhas confirmaram a natureza homofóbica das agressões e a mulher foi condenada por ofensa contra a dignidade das vítimas.
Na sentença, a Justiça considerou a gravidade do ato e a falta de arrependimento da ré. A mulher foi condenada a um ano de prisão em regime aberto, substituído por prestação de serviços comunitários em uma entidade que atenda pessoas LGBTQIA+. Além disso, foi multada, com a pena convertida em mais dias de serviço. O caso reflete um crescente foco em crimes de ódio e discriminação em diversas regiões do Brasil, especialmente contra a comunidade LGBTQIA+.