O relacionamento da geração Z com o mercado de trabalho revela uma forte preferência por flexibilidade e autonomia. Muitos jovens dessa geração, nascidos entre 1996 e 2010, se distanciam das carreiras tradicionais e buscam opções como o empreendedorismo ou profissões liberais. Termos como “quiet quitting” e “job hopping” surgem para descrever comportamentos de insatisfação e desinteresse pelas estruturas corporativas convencionais, indicando uma mudança de paradigma em relação ao trabalho.
Estudos indicam que uma grande parcela dos jovens almeja ter o próprio negócio, impulsionada tanto pela vontade de liderar suas carreiras quanto pela falta de conexão com o mercado formal. Iniciativas como a do Ensino Social Profissionalizante (Espro) buscam preparar esses jovens, oferecendo capacitações que vão além do currículo tradicional, incluindo habilidades técnicas e soft skills, como cidadania e inteligência emocional. Essas iniciativas também tentam superar a falta de exemplos e referências de empreendedores bem-sucedidos, algo importante para motivar novos empreendedores.
O caminho para o empreendedorismo jovem, entretanto, exige apoio e mudanças estruturais, como o acesso a ferramentas e mentoria, além de um ecossistema de incentivo fora do segmento de startups. Parcerias com instituições e grandes empresas são cruciais para viabilizar ideias e projetos de impacto social, promovendo a inclusão de jovens de diferentes contextos sociais e econômicos no universo empreendedor. Esse tipo de apoio pode transformar ideias em negócios sustentáveis, como o recente projeto de moda inclusiva desenvolvido por jovens de São Paulo com o suporte da Associação Brasileira de Bancos e Espro.