Nos últimos anos, o aumento das chuvas e desastres naturais elevou os custos para seguradoras ao redor do mundo, estimados em até US$ 300 bilhões, segundo especialistas. Esse crescimento dos eventos climáticos extremos está diretamente associado ao aquecimento global, que intensifica as turbulências atmosféricas e resulta em precipitações inesperadas. No Brasil, os impactos têm sido visíveis, especialmente com tragédias recentes no Rio Grande do Sul, onde as seguradoras já desembolsaram bilhões em indenizações. Este fenômeno, de abrangência global, também trouxe perdas severas a países como Estados Unidos e Espanha, evidenciando a urgência de soluções de mitigação.
A necessidade de medidas preventivas e de novos produtos de seguro foi destacada por representantes do setor, que observam o aumento da frequência e intensidade dos desastres naturais. Líderes do mercado de seguros, como o Sindicato das Seguradoras de São Paulo (SindsegSP) e a Superintendência de Seguros Privados (Susep), reforçam que o país enfrenta uma “emergência climática” e ressaltam a importância de ampliar o acesso e a conscientização sobre seguros, que atualmente cobrem apenas 10% das perdas no Brasil, muito abaixo da média global de 30%. Com estratégias integradas, o setor busca não apenas atender às perdas pós-desastre, mas incentivar uma cultura preventiva e de sustentabilidade.
O uso de dados meteorológicos e modelos preditivos vem sendo apontado como uma ferramenta estratégica para o setor de seguros se antecipar a eventos climáticos. Consultorias especializadas recomendam a análise dessas informações para identificar áreas de maior risco e ajustar as coberturas conforme necessário, ajudando também a reduzir a ocorrência de sinistros. Essa abordagem preditiva permite alertas antecipados que ajudam a minimizar danos e prejuízos para clientes e seguradoras, colaborando com a Defesa Civil e outros órgãos para fortalecer a resiliência contra as mudanças climáticas.