O governo federal anunciou um pacote de ajuste fiscal, no qual a alteração na regra de valorização do salário mínimo será responsável por um terço da economia projetada. O Ministério da Fazenda estima que a mudança pode resultar em uma economia de R$ 110 bilhões até 2030, dentro de um total de R$ 327 bilhões previstos para o pacote. A nova regra limita o aumento do salário mínimo a 2,5% além da inflação, enquanto a política anterior garantia um ganho real com base no crescimento do PIB dos dois anos anteriores somado à inflação.
Com a implementação da medida, a expectativa é que o impacto no orçamento público seja significativo, reduzindo os custos com benefícios sociais que são atrelados ao valor do salário mínimo, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC), seguro-desemprego e abono salarial. A mudança, que entrará em vigor em 2025, promete gerar uma economia de R$ 2,2 bilhões já no primeiro ano, com um aumento progressivo nos anos seguintes. Até 2030, o total economizado com essa alteração pode chegar a R$ 35 bilhões.
Economistas consideraram a medida como positiva, classificando-a como uma ação estrutural importante para o equilíbrio fiscal do país. No entanto, o mercado financeiro permanece cético quanto ao alcance das metas previstas, questionando a capacidade da política de gerar as economias esperadas ao longo do tempo. A medida visa não apenas a contenção de gastos, mas também a estabilização das contas públicas, em meio a um cenário de ajuste fiscal rigoroso.