A Braskem anunciou que Roberto Bischoff deixará o cargo de CEO no próximo dia 30, sendo sucedido por Roberto Prisco Paraiso Ramos, indicado pelo acionista majoritário, Novonor. Analistas do Santander e do Citi consideram que a transição de liderança não deverá ter impacto significativo nas ações da empresa, uma vez que ambos os executivos compartilham formações semelhantes e Ramos possui vasta experiência nos setores petroquímico e de óleo e gás, incluindo passagens pela própria Braskem.
O Santander manteve sua recomendação de compra para as ações da Braskem, destacando que a empresa poderá se beneficiar de diversos fatores que devem atenuar os efeitos do atual ciclo de baixa no mercado petroquímico. Entre esses fatores, estão as tarifas de importação mais altas no Brasil, a maior utilização de capacidade no México e uma sazonalidade favorável prevista para o segundo semestre de 2024. Esses elementos podem contribuir para uma geração de fluxo de caixa livre, mesmo que modesta, em 2025.
Da mesma forma, a XP Investimentos também considera a mudança de comando neutra, uma vez que o novo CEO tem um histórico relevante no setor. Além de sua experiência anterior na Braskem, Roberto Ramos ocupou cargos de liderança em outras empresas do setor, o que pode facilitar a continuidade do plano estratégico da companhia. No fechamento do mercado, as ações da Braskem apresentavam uma leve queda de cerca de 1%, cotadas a R$ 17,06.