O presidente eleito dos Estados Unidos demonstrou ceticismo em relação à possibilidade de dividir grandes empresas de tecnologia, como o Google, atualmente enfrentando processos antitruste no país. Especialistas sugerem que a nova gestão poderá flexibilizar algumas das políticas antitruste implementadas durante o governo anterior, particularmente as que visam à redução do monopólio em setores estratégicos. Entre as ações em andamento está o processo do Departamento de Justiça contra o Google, que considera opções como a separação do navegador Chrome e o fim de acordos que tornam a busca padrão em dispositivos de empresas parceiras.
Além disso, espera-se que a nova administração reavalie a abordagem rigorosa adotada pela Comissão Federal de Comércio e pelo Departamento de Justiça nos últimos anos, especialmente no que diz respeito às fusões e aquisições. As diretrizes antitruste de 2023, vistas como restritivas, podem ser suavizadas, possibilitando acordos que permitam a resolução de questões de concorrência sem intervenções mais drásticas. A mudança na liderança e possíveis nomeações poderão influenciar diretamente nas decisões sobre políticas de mercado e na interpretação de cláusulas como as de não concorrência em contratos trabalhistas, que afetam milhões de trabalhadores nos Estados Unidos.
Apesar da expectativa de uma postura mais branda, analistas consideram que o governo deve manter um nível significativo de fiscalização antitruste, dado o histórico de casos de fusões analisados anteriormente. Com o novo mandato, a administração eleita terá tempo para reavaliar processos em curso, como o julgamento do Google, marcado para 2025.