No G20 Social, movimentos sociais e entidades da sociedade civil organizada apresentaram propostas de reforma para a ONU, FMI e a criação de um sistema de taxação de grandes fortunas. A medida visa uma maior justiça social e o financiamento de políticas públicas e sociais, com a arrecadação destinada a áreas como saúde, educação e meio ambiente. O debate contou com a participação de representantes de universidades, trabalhadores e organizações não governamentais, buscando criar um modelo mais justo de tributação global, especialmente para os super-ricos.
Além das propostas econômicas, o G20 Social também defendeu uma reforma da governança global, com ênfase na ampliação da participação dos países do Sul Global, que têm sido historicamente sub-representados em organismos internacionais como o FMI e o Banco Mundial. A proposta inclui a alteração dos modelos decisórios dessas instituições, a fim de refletir melhor a importância econômica desses países em desenvolvimento.
A presidência brasileira do G20 destacou a criação do G20 Social como uma oportunidade inédita para aproximar a sociedade civil das discussões globais. A iniciativa, que será passada para a África do Sul, visa garantir maior legitimidade e eficácia nas decisões multilaterais, propondo maior participação das populações historicamente marginalizadas. Embora as decisões do G20 não sejam vinculativas, elas servem como diretrizes para as políticas públicas dos países membros.