Em resposta às pressões por um ajuste fiscal que impacte áreas sociais, partidos de esquerda, incluindo PT, PDT, PSOL e PCdoB, assinaram um manifesto contra a redução de despesas em setores essenciais como saúde e educação. O documento, apoiado por movimentos sociais, defende que o mercado financeiro e a mídia não devem ditar as políticas públicas e destaca a necessidade de priorizar políticas que protejam o salário mínimo, aposentadorias e benefícios sociais como o BPC, argumentando que esses direitos são fundamentais para a construção de uma sociedade mais justa.
No manifesto, críticas foram direcionadas às expectativas do mercado financeiro por cortes fiscais que, segundo os signatários, poderiam prejudicar o recente avanço na geração de emprego e renda no país. O texto expressa que o foco do governo deveria estar em impulsionar investimentos e ampliar o crédito para fortalecer a economia, evitando um retorno a políticas de exclusão e desigualdade. Esse posicionamento alinha-se com recentes declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que questionou a pressão para reduzir gastos em detrimento das necessidades das classes mais vulneráveis.
O governo estuda a aplicação de um limite de crescimento para as despesas do Orçamento, mas ainda não houve uma decisão final. Representantes do PT e aliados aguardam um direcionamento oficial do presidente Lula e reafirmaram seu apoio às medidas que ele vier a adotar, embora haja uma expectativa de que áreas sociais sejam protegidas de cortes significativos. Em entrevista, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, manifestou confiança na decisão do presidente, enfatizando a unidade do partido em torno de suas escolhas.