O motorista Danilo Lima Silva relatou em depoimento à polícia os últimos momentos de Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, empresário morto no aeroporto de Guarulhos. Silva, que também atuava como segurança de Vinícius, contou que, dias antes do assassinato, foi solicitado a buscar um pagamento em forma de joias de um homem chamado Alan. Essas joias fariam parte de um montante de R$ 6 milhões, que Vinícius deveria receber. Silva não forneceu mais informações sobre o devedor, além de identificar Alan por uma camiseta do Barcelona.
O empresário, que possuía dois veículos blindados, usava uma Amarok equipada com blindagem superior e sirenes. No entanto, no dia de sua execução, o veículo apresentou falhas técnicas, o que pode ter contribuído para o ocorrido. Segundo o depoimento de Silva, a compra e instalação da blindagem foram feitas por um amigo de longa data do empresário, o qual também era responsável por tarefas de confiança.
Vinícius havia se tornado delator de um esquema de lavagem de dinheiro ligado a uma facção criminosa, o PCC, e teve sua delação homologada pelo Ministério Público. Como parte do acordo, ele se comprometeu a ressarcir R$ 15 milhões aos cofres públicos e a fornecer informações sobre policiais envolvidos em atividades ilícitas. A delação e a promessa de redução de pena, no entanto, não impediram sua morte, que ainda está sendo investigada pelas autoridades.