Em setembro, um motorista de aplicativo foi vítima de sequestro e roubo por um criminoso que fingiu ser um passageiro em Bertioga, no litoral de São Paulo. Durante a corrida, o motorista foi abordado por três homens, sendo forçado a dirigir até uma área isolada em Boracéia, onde foi amarrado a uma árvore. Os criminosos fugiram com o veículo, objetos pessoais e dinheiro, deixando o motorista em estado de choque. Após conseguir se soltar e acionar a polícia, o carro foi localizado em Guarulhos, mas já havia sido destruído após colidir com um caminhão.
Dez dias após o incidente, o motorista foi surpreendido com a desativação de sua conta na plataforma de transporte. A empresa alegou que o banimento ocorreu devido à violação do código de conduta do motorista, sem relação com o sequestro. No entanto, o motorista expressou frustração, alegando que não recebeu uma explicação clara sobre o ocorrido e questionando a falta de ação preventiva da plataforma durante o episódio de violência.
A Uber, em nota, expressou pesar pelo ocorrido e afirmou que, além de ter desativado a conta do usuário responsável pela solicitação da corrida, colocou à disposição do motorista um seguro para cobrir eventuais despesas médicas decorrentes de incidentes. O motorista, que estava sem seguro para o veículo, busca agora compensação pelos prejuízos causados, incluindo os custos do carro danificado e do aluguel de um novo veículo, além de uma indenização por danos morais. A situação segue em processo judicial.