Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, um empresário que colaborou com autoridades investigando o crime organizado, foi morto no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, atingido por dez tiros de fuzil. Gritzbach havia se tornado um delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), além de estar envolvido em investigações de corrupção policial e lavagem de dinheiro. Sua morte foi seguida de uma série de ameaças e tentativas de atentado, destacando o risco enfrentado por aqueles que denunciam facções criminosas.
O empresário acumulava sucesso no ramo imobiliário e admitiu, em delação, ter auxiliado na lavagem de dinheiro por meio de transações comerciais que beneficiavam a organização. Após aceitar colaborar com as autoridades, Vinícius foi ameaçado diversas vezes e sofreu atentados contra sua vida, incluindo um tiroteio no Natal de 2023. Apesar das propostas para entrar em programas de proteção a testemunhas, ele recusou, solicitando uma alternativa que garantisse segurança pessoal, proposta não prevista na legislação.
A morte de Antônio Vinícius ocorre em um contexto delicado, onde a colaboração com o Ministério Público e denúncias envolvendo policiais civis que teriam subtraído bens em operações anteriores colocam em evidência os desafios e riscos de se combater o crime organizado no Brasil. As investigações sobre o caso continuam, incluindo a análise de armas encontradas nas proximidades do aeroporto, enquanto o Ministério Público acompanha o desdobramento para esclarecer o ocorrido.