O empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, conhecido por ser um delator de uma facção criminosa, foi executado a tiros no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na tarde de 8 de novembro de 2024, logo após desembarcar de um voo proveniente de Maceió. Em depoimento à polícia, a namorada de Gritzbach relatou que, antes de sua morte, o empresário havia expressado suspeitas de estar sendo seguido e de que havia recebido ameaças de morte. Ela também contou sobre problemas mecânicos com o carro que faria sua escolta no aeroporto, o que teria dificultado a segurança do empresário na hora do ataque.
A investigação aponta que a execução de Gritzbach foi planejada e bem coordenada, com a possibilidade de que membros da facção criminosa tenham monitorado sua movimentação durante o voo. A polícia analisa a lista de passageiros do voo e investiga se algum integrante da facção estava a bordo, ajudando a identificar o momento exato da chegada de Gritzbach ao aeroporto. Além disso, as autoridades estão revisando imagens de câmeras de segurança para tentar mapear os passos do empresário antes de sua morte e verificar possíveis falhas na segurança, especialmente no comportamento dos seguranças contratados.
A morte de Gritzbach está sendo tratada como parte de um complexo contexto de delações e investigações envolvendo o crime organizado e membros das forças de segurança pública. Ele havia colaborado com o Ministério Público e entregado informações importantes sobre a facção criminosa e sobre policiais envolvidos em esquemas ilegais. A polícia também está apurando a possível falha deliberada dos seguranças contratados por Gritzbach, além de afastar policiais militares investigados por possíveis vínculos com o crime.