Um empresário foi morto a tiros no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, na tarde de sexta-feira, após retornar de uma viagem. A vítima, que vinha colaborando com o Ministério Público em investigações sobre atividades de uma facção criminosa, foi abordada ao deixar o Terminal 2. O ataque, realizado por indivíduos armados que dispararam de dentro de um veículo, deixou também feridos alguns seguranças que acompanhavam o empresário no local. As circunstâncias e o perfil da vítima levantam suspeitas de que o crime tenha sido motivado por vingança ou queima de arquivo.
De acordo com as investigações, o empresário estava colaborando com autoridades e fornecendo informações detalhadas sobre esquemas ilícitos ligados à lavagem de dinheiro e ao tráfico de drogas. Ele era réu em um processo sobre lavagem de cerca de R$ 30 milhões, que supostamente se deu por meio de transações imobiliárias e postos de gasolina. Além disso, o empresário tinha vínculos com células da facção e participação em instâncias internas de decisão, o que aumentaria os riscos de represálias.
Após o ataque, equipes de segurança e investigação se mobilizaram para entender a dinâmica do crime. Os seguranças, que são policiais militares, e a namorada do empresário, que o acompanhava no momento, serão ouvidos pela polícia. Um tiroteio próximo ao local, nas imediações de um hotel, também foi reportado e está sob investigação para averiguar possíveis conexões com o crime. A Polícia Federal e autoridades estaduais trabalham para esclarecer as motivações e os envolvidos na execução.