O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, decidiu nesta terça-feira (26) manter em sigilo o acordo de delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens. Moraes argumentou que os depoimentos relacionados ao caso devem permanecer em segredo de Justiça devido à continuidade de investigações em curso. A medida visa preservar a integridade do processo e a coleta de provas.
Na semana anterior, o ministro havia reafirmado a validade do acordo de colaboração de Cid, após ele prestar depoimento à Polícia Federal (PF), no qual negou envolvimento em um suposto plano golpista. No entanto, as investigações da Operação Contragolpe indicam que Cid participou de uma reunião relacionada a esse plano em novembro de 2022, em Brasília, na residência de um oficial de alta patente. O depoimento de Cid foi considerado esclarecedor, e ele teve mantidos os benefícios da delação, incluindo a liberdade para responder às acusações.
Cid firmou um acordo de delação premiada com a PF no ano passado, comprometendo-se a revelar fatos importantes sobre o governo anterior, como envolvimento em casos de vendas de joias e fraudes em registros de vacinação. A decisão de manter o sigilo busca assegurar o andamento das investigações sem comprometer a obtenção de informações adicionais cruciais para o esclarecimento dos fatos.