O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, agendou para quinta-feira (21), às 14h, o depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de um ex-presidente. A oitiva ocorrerá no STF para esclarecer contradições nas declarações prestadas por Cid à Polícia Federal (PF) no dia 19 de novembro. A PF destacou partes do depoimento que indicam possíveis omissões ou divergências, especialmente em relação a um plano golpista, que envolveria ataques a figuras públicas, incluindo o atual presidente e o vice-presidente.
Cid havia firmado um acordo de delação premiada com a PF, no qual se comprometeu a colaborar com as investigações sobre eventos durante o governo anterior. Contudo, a defesa de Cid afirma que ele não tem conhecimento sobre qualquer tentativa de golpe e que não omitiu informações durante seu depoimento à PF. A situação gerou uma discordância entre os depoimentos prestados e as evidências apresentadas, levando à convocação do militar para um novo esclarecimento.
Relatórios da Operação Contragolpe revelaram que, em novembro de 2022, houve uma reunião que teria envolvido Cid, na qual teriam sido discutidos planos de ação considerados ilícitos. O encontro ocorreu na casa de um general, em Brasília, e foi descrito como parte de um suposto movimento golpista. O depoimento adicional de Cid tem o objetivo de resolver as questões pendentes relacionadas às investigações sobre os eventos daquele período.