Na cidade de Nahariya, no norte de Israel, moradores demonstram ceticismo quanto à eficácia e durabilidade de um possível cessar-fogo com o Hezbollah, movimento armado libanês com o qual o país tem enfrentado constantes confrontos. Shani, uma manicure local, expressou dúvidas sobre a segurança que um acordo de cessação das hostilidades poderia proporcionar, acreditando que, com o tempo, o Hezbollah se fortaleceria e retomaria os ataques. Ela afirma que, mesmo que o cessar-fogo traga um período temporário de calma, ele não resolverá o conflito de maneira definitiva.
Guy Amilani, morador de um kibutz vizinho, compartilhou uma visão semelhante, destacando que embora esperasse que o cessar-fogo trouxesse um intervalo de paz, a experiência de eventos passados, como os ataques de outubro de 2023, mostrava que qualquer silêncio seria momentâneo. Para ele, o conflito não acabaria com a assinatura de um acordo, e os ataques voltariam em um futuro próximo, colocando as gerações seguintes em uma posição de constante vigilância.
A região de Nahariya, situada a apenas 10 quilômetros da fronteira com o Líbano, tem sido um dos locais mais afetados pelos confrontos, que já duram mais de um ano. O sentimento geral é de que um cessar-fogo não é a solução definitiva para a paz duradoura, e muitos acreditam que, apesar da aprovação do acordo pelo governo israelense, as tensões entre as duas partes continuarão a se perpetuar.